domingo, 2 de outubro de 2011

Eu Fui

Hoje termina o Rock in Rio. O maior festival de música do Brasil não acontecia a dez anos em sua terra natal e, por esse e outros motivos, levou um público de cem mil pessoas diariamente em suas sete noites. A multiplicidade musical é um dos maiores méritos do festival que recebeu artistas diversos (de Katy Perry a Metallica) e, mesmo sendo criticado por essa diversidade, que contrasta com o título, cumpriu seu papel de reunião para os amantes de música.

Como muitos amigos meus comprei meus ingressos em Maio. Escolhi os dois dias que considerei mais concentravam artistas que fazem parte da minha vida musicalmente falando. Sendo assim fui aos dias 23 de Setembro e 01 de Outubro. A experiência de estar no Rock in Rio é surreal para mim que comecei a apreciar música verdadeiramente a partir da terceira edição do festival em 2001.


Tudo contribui para a perfeição dos dias passados lá dentro. Quem gosta de adrenalina aproveitou atrações como a Tirolesa e a Montanha Russa (ok, as filas eram gigantescas, mas teve muita gente disposta a esperar e que não se arrependeu de ficar cerca de duas horas aguardando). Mas para mim o melhor entretenimento pré-shows do Palco Mundo foi o Palco Sunset que fez encontros incríveis e emocionantes , afinal assistir Sandra de Sá e Bebel Gilberto cantando Cazuza juntas é algo que dificilmente não encanta.


Claro que sendo o Palco Mundo o local dos principais acontecimentos do evento é de lá que guardo as maiores recordações. Vi alguns dos melhores artistas nacionais como Paralamas do Sucesso e Titãs tocando juntos, passando por Frejat cantando as músicas da carreira solo e algumas do Barão Vermelho, até o Skank que tem um domínio de palco animador. Os internacionais também foram inesquecíveis. Katy Perry dominou o público com seu carisma e jeito provocativo, Rihanna nos irritou com seu atraso, todavia fez um show pelo qual valeu a pena esperar, Maroon 5 que impregnou a Cidade do Rock de hits, e finalmente o show que eu esperava assistir há anos Coldplay ao vivo. Sobre este só tenho a dizer que vê-los no palco é uma experiência transcendental. Logo, valeu cada centavo gasto para o festival.


Numa conversa que tive com um amigo sobre a elasticidade do termo “superficial” ele disse considerar ir a um show algo fútil. Acredito que os freqüentadores da Cidade do Rock não concordem com o infeliz comentário do meu amigo. Isto porque existe uma energia que a Multishow, a Globo e o You Tube não passam, e que só sentiu quem entrou lá. Essa energia longe de ser fútil é necessária para qualquer apaixonado por música.



Leandro Sá, 23 anos. Ainda inebriado por ter assistido o Coldplay ao vivo a menos de 24 horas.

3 comentários:

  1. Vc classificou mto bem o comentário do seu amigo, Leandro, foi mto infeliz! Ir a um show, mais do q entretenimento e diversão, [q já são motivos suficientes, já q a vida tbm é feita desses momentos] é ver a música ser feita ao vivo, é compartilhar com o artista q se admira e o público q assim como vc gosta do música em questão, a alegria de cantar e dançar as músicas q mexem com vc, q te dizem alguma coisa, q te tocam.
    Alheio a isso, desde o dia 23 vc bateu mto na tecla da sensação q não se transmite na TV e q só têm q entra na cidade do Rock e vc tá certíssimo. O festival não é só os shows q vc assiste, é a ida, a volta, é conhecer o espaço, tirar fotos, andar nos brinquedos, rir com os amigos, beber, ganhar brindes, conhecer gente nova... Até a dor no pé dps faz parte da experiência maravilhosa q é participar de um festival de música! Isso sem contar vc ver o seu país, a sua cidade, receber artistas consagrados no mundo todo, e realizar um evento de grande proporção de forma tão bem sucedida.
    É isso, todo mundo sabe q o RIR é incrível só de ver um trecho do show no Jornal Nacional, mas participar dele in loco é de marcar pra vida toda!

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  2. 1o de tudo: 100 mil é pouco. artistas de verdade, grandes, tendo estrutura de verdade, conseguem mais que isso , sozinhos. 100 mil para 5 ou 6 artistas demonstra claramente o despreparo e a desconfiança que temos do resto dos outros países do mundo.

    2o de tudo: como foi dito, a demora do atendimento aos serviços SECUNDÁRIOS, que nem se equivaliam ao palco sunset, aliados à péssima organização [só digo uma coisa: poças de mijo no banheiro masculino: independentemente da educação do povo, estrutura é fundamental] contribuem ainda mais para uma sensação de que, por mais tempo que tivessem, não foi pensado sobre o que poderia ser feito para tornar a experiência melhor.

    percebam que não estou menosprezando tudo o que vocês que estiveram lá passaram de ruim. é um mérito. porém, acredito que martirizar uma experiência pelas situações negativas a que estiveram expostos é quase que ignorar os artistas aos quais vocês foram prestigiar. mas claro, isso tudo pode ser apenas a minha aversão a shows falando. eu estive com um ingresso para o último dia, cuja lista de artistas eu mais prezei, nas minhas mãos. porém considerando melhor "the big picture", julguei melhor não me deixar levar pela vontade [coisa que faço com frequência].

    quando tantas dificuldades são impostas, como transporte, mantimentos, tempo, [porque não ??] dinheiro, e sumariamente paciência dos pagantes, porque existiria razão além da paixão por determinado artista para se dispor a tanto ?? eu, que não tenho artista preferido e considero tal coisa descaso a arte moderna, digo: que morram os megashows, que morram os CDs de preço de 50 reais imposto pelas gravadoras, que morram as gravadoras, que morra a distribuição de arte como a aceitamos hoje. viva a livre distribuição de conteúdo: você gosta de um artista: obtenha sua arte DE GRAÇA e AJUDE-O pagando pelos ingressos aos seus SHOWS. ou melhor, apresentações.

    enquanto não alcançarmos isso, seremos obrigados a gastar MUITO dinheiro com coisas cujo propósito não é tão importante quanto a educação ou a saúde de NÓS MESMOS.



    DA SUA EDUACAÇÃO. DA SUA SAÚDE.



    p.s.: desculpem a bíblia mas depois de tudo isso tive que desabafar

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  3. Como verdadeira amante de todos os ritmos, eu discordo completamente do seu amigo.
    Infelizmente não pude ir a esta edição do Rock in Rio, mas cada vez que lia ou via pela tv os acontecimentos na cidade do Rock, eu sentia até um arrepio. Que vontade de estar lá, eu pensava. (rs rs rs)
    Se Deus quiser estarei presente na próxima edição desta Mega festa que satisfaz muitos gostos musicais.

    OBS: Leandro, tem texto novo no meu BLOG, comente lá: http://fatosecontos2.blogspot.com/

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